Como ler os rótulos dos alimentos corretamente?

As embalagens dos produtos trazem dados importantes, como quantidades recomendadas e nutrientes, porém, precisamos ter cautela. Valor energético, carboidratos, proteínas e %VD, são alguns dos termos que aparecem nos rótulos dos alimentos que consumimos.

Mas, você entende o que cada um deles significa? 

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) revelou que apenas um em cada quatro brasileiros é capaz de entender as informações nutricionais que aparecem nas embalagens dos alimentos. 

Para mudar estes dados, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em outubro de 2020, uma nova rotulagem para alimentos industrializados em todo o país.

A principal novidade é a inclusão de um selo, na frente das embalagens, como alerta para a presença exagerada de gordura, sal ou açúcar, ingredientes prejudiciais à saúde. 

Enquanto os produtores têm 24 meses para se adequar a esta nova medida, precisamos entender e verificar todos os nutrientes presentes na tabela nutricional e analisar um alimento antes de consumi-lo. 

Esse artigo tem como propósito te ensinar o significado de cada termo utilizado nos rótulos e, desta maneira, te ajudar a escolher alimentos mais saudáveis. 

Por que observar os nutrientes dos alimentos?

Ao comprar um alimento, precisamos estar atentos se as embalagens nos fornecem as seguintes informações: 

  • Prazo de validade;
  • Origem (nome do fabricante e local onde foi fabricado);
  • Denominação do produto (qual é o tipo de produto);
  • Conteúdo líquido (quantidade total na embalagem);
  • Ingredientes (componentes do produto); 
  • Informações nutricionais.

Significado de cada item do rótulo

1. Ingredientes

Geralmente encontrados nas laterais das embalagens, a lista de ingredientes traz todos os componentes usados na preparação do produto. Importante ressaltar que cada item está descrito em ordem decrescente, ou seja, os ingredientes usados em maiores quantidades aparecem primeiro do que os utilizados em menor porção.

2. Porção 

É a quantidade média de alimento indicada para consumo em um indivíduo sadio. A indicação do valor energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais, fibra e sódio são referentes à porção indicada na embalagem do produto, e não a ele como um todo.

3. %VD 

A sigla significa Valor Diário e representa o percentual recomendado da quantidade de energia e de nutrientes que o produto apresenta em relação a uma dieta de 2.000 calorias, recomendada para adultos. Se no rótulo de qualquer alimento constar o valor 90% do VD de sódio, por exemplo, significa que só esse produto já alcança quase o limite total de consumo diário de sódio. 

4. Valor energético 

É a quantidade calórica que a porção indicada possui. Calculado geralmente em calorias (kcal) e quilojoules (kJ), o valor energético tem relação com a energia liberada pelo alimento, proveniente de carboidratos, proteínas e gorduras totais.

5. Carboidratos

São os nutrientes que tem como função levar energia ao organismo. As principais fontes de carboidratos são as raízes e tubérculos (batatas, mandioca, inhame), arroz, pães e massas.

6. Proteínas

As proteínas são o macronutriente responsável pela construção e manutenção de órgãos, tecidos, músculos e células. São encontradas principalmente nas leguminosas (feijões, ervilha, lentilha), carnes, ovos, leite e derivados.

7. Gorduras totais

Mostram o total de gorduras (de origem animal ou vegetal) encontradas no produto. Também são importantes fontes de energia para o corpo e na absorção de vitaminas. Pode aparecer nas embalagens subdividida em gorduras trans, mono e poli insaturadas.

8. Gorduras saturadas

Tipo de gordura presente em alimentos de origem animal, como carne, leite, manteiga, requeijão e iogurte. O consumo desta gordura deve ser moderado, porque, em excesso aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas.

9. Gordura trans e hidrogenada 

Essas gorduras são produzidas por meio de um processo industrial chamado de hidrogenação. Nele, o óleo vegetal é bombardeado por outras moléculas, que junto com a alta pressão, muda a estrutura do óleo, transformando-o de líquido para uma gordura sólida. Esta substância não existe na natureza, mas ajuda os  alimentos a realçar o sabor e aumenta o prazo de validade.

Contudo, o corpo humano não está adaptado para digerir estas gorduras hidrogenadas, levando esta composição química a agir sobre os vasos sanguíneos, o que pode levar a pessoa a ter problemas de circulação, como infarto e derrame.

10. Fibra alimentar 

Promove um bom funcionamento intestinal. É encontrada principalmente em frutas, verduras, hortaliças, leguminosas e cereais integrais.

11. Sódio

Nutriente importante para a regulação hídrica e o desempenho adequado do cérebro. Presente no sal de cozinha e consumido em excesso, ele provoca malefícios como retenção de líquidos e aumento da pressão arterial. Para evitar complicações, fique de olho no %VD de sódio. 

12. Adoçantes artificiais

Aspartame, sucralose, sorbitol, isomalt, sacarina, acesulfame, glycerol, hsh, lactitol, maltitol e polidextrose) e xarope de milho com frutose (High fructose corn syrup).

13. Conservantes 

BHT e BHA (Hidroxianisol butilado e hidroxitolueno butilado), benzoato de sódio, glutamato monossódico, nitrato e nitrito de sódio (comumente usado para conservar carnes).

14. Corantes artificiais

Quando consumidos em excesso, os corantes artificiais podem causar alergias, irritar a mucosa do estômago e até mesmo interferir no processo metabólico do organismo. Por isso, devemos observar alimentos que escondem essa substância com outros nomes, como tartrazina, indigotina, eritrosina e o ponceau 4R. 

 

Aplicativo que te ajuda a entender o rótulo

O Desrotulando é um aplicativo criado por nutricionistas que tem a opção de escanear o código de barras do produto e mostra de forma clara e objetiva os nutrientes e propriedades do alimento que você vai consumir.

Ele é um grande facilitador para que você entenda de forma clara e rápida os valores nutricionais dos alimentos.

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