[vc_row][vc_column][vc_single_image image=”3765″ img_size=”full”][vc_column_text]A mudança é parte da nossa vida. O mundo muda e nos convida a mudar! A tecnologia avança e a cada dia surgem novas oportunidades de estudos e descobertas. O corpo fala o tempo todo, nossa herança genética e fenótipo apresentam sinais e, cabe a nós, mudarmos para vivermos mais e melhor! Sobretudo, há algo fundamental: a nossa saúde! E, tudo que estamos vivendo, pode ser o despertar para uma nova vida com consciência e saúde.
Para melhor entendermos isso, precisamos voltar ao tempo do renomado matemático e astrônomo, Benjamin Gompertz (1779-1865), que foi o primeiro e principal atuário da Alliance Assurance Company, fundada em 1824.
Na função, centrou-se na procura de algum método que pudesse prever quando pessoas iriam morrer. Em 1825, no estudo “On the Nature of the Function Expressive of the Law of Human Mortality, and on a New Model of Determining the Value of Life Contingencies”, apresentou uma lei, na qual demonstrava o crescimento geométrico da taxa de mortalidade no tempo(¹).
No seu livro Immortality, Inc., Chip Walter(²) descreve como a curva de mortalidade de Gompertz tem fascinado, cada vez mais, expoentes da Nova Medicina, como o de Art Levinson, CEO da Calico. Ela possui três variáveis: alfa, beta e gama. A gama de Gompertz se relaciona a morte por acidentes (carro, assassinatos, quedas, etc), ocorrências sempre trágicas e completamente randômicas. Já a beta é universal e representa a força que restringe todos os seres humanos: o limite da vida. Independentemente das características de cada pessoa, todos vamos morrer dentro do limite do Homo sapiens, hoje entre 110 e 120 anos.
Já pensou se pudéssemos fazer durar mais tempo a nossa existência?
Prolongar a beta tem sido a principal linha de pesquisa da nova linha de Medicina Regenerativa, um expressivo mercado de USD25 bilhões (²), que vem surpreendendo a humanidade com novas e promissoras descobertas, todas com base em tecnologias até ontem impensáveis. Hoje, não mais questionamos se beta pode ser estendida no futuro: trocamos o “se” pelo “quando”.
Por fim, a alfa de Gompertz representa cada pessoa, sua herança genética e a expressão dela, seu fenótipo: comportamentos, doenças, hábitos, dieta, atividade física, ambiente sócio/econômico, entre outras. Como é composta por múltiplas variáveis, cada pessoa possui o seu valor específico de alfa, que pode ser modificado durante toda a nossa existência.
E qual a importância que isso tem para a nossa vida?
Absoluta, pois viver mais e melhor é o objetivo comum de todos nós, os seres humanos. Se as variáveis gama e beta não são (ainda) controláveis, todos precisamos nos preocupar em aprimorar nossa alfa.
O que a pandemia da COVID-19 pode nos ensinar?
Pessoas do mundo inteiro, antes mais preocupadas com trabalho e lazer, finalmente tomaram consciência do limite da vida e de como problemas de saúde podem antecipar este fim. O atual coronavírus, como vários outros agentes infectantes passados, se comporta de acordo com a sua natureza: infectar hospedeiros mais suscetíveis, que carregam agravos em alfa.
Indivíduos mais saudáveis, capacitados e adaptados sempre vão apresentar melhor prognóstico.
Como podemos melhorar a nossa variável alfa?
- Entendendo que SAÚDE é conquistada todos os dias da nossa existência. Tudo o que somos, fazemos e convivemos vai sendo acumulado na nossa “conta saúde”, para o bem ou para o mal.
- Entendendo que SAÚDE não é sinônimo de AUSÊNCIA DE DOENÇA. Deixar o corpo e mente adoecerem e depois tratar da doença, mesmo de forma curativa, fará um registro de “débito” na conta saúde.
- Entendendo que o nosso moderníssimo sistema de saúde, apesar de inegável eficiência humana e tecnológica, é limitado e foi desenhado para tratar de DOENÇAS. Por isso, deveria ser reservado às pessoas que necessitam tratar delas.
- Entendendo que o sistema de saúde atual, além de reativo, é confuso, complexo e custoso, e que, dentro dele, as pessoas tendem a se sentir perdidas. Esta situação propicia a hiperutilização e o desperdício de recursos.
- Entendendo que cada pessoa deveria ser o seu próprio “especialista”: conhecer sua doença, se conhecer, se cuidar, se preocupar, saber o que é melhor para si e como deve proceder em cada situação. Sair do papel de figurante e virar o PROTAGONISTA da sua SAÚDE.
- Entendendo que a nossa casa é nosso ambiente ideal, “adaptado” para a nossa sobrevivência através do nosso microbioma. Sempre que possível, devemos privilegiar tratamentos e ações de saúde dentro da nossa casa.
Alanna Collen, em SOMOS APENAS 10% HUMANOS! (³), explica como: para cada célula que compõe o nosso corpo, existem outras nove células “impostoras” pegando carona, fungos e bactérias. Ainda, em apenas 24h, o microbioma de qualquer pessoa faz uma “cópia” perfeita de si mesmo e coloniza o ambiente onde ela vive. Por isso nos sentimos tão bem no “nosso lar”.
Mesmo entendendo que tudo isso é vital para a nossa saúde, o que efetivamente podemos fazer para aprimorar a nossa variável alfa?
No nosso próximo artigo, que versará sobre a “Jornada de Saúde”, abordaremos esta prática.
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(¹) pt.m.wikipedia.org
(²) Chip Walter, Immortality, Inc., National Geografic Partners, LLC, 2020.
(³) Alanna Collen, 10% Humanos. Como os micro-organismos são a chave para a Saúde do
Corpo e da Mente, Sextante, 2016
Foto: pesquisa do Google[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]