O método RECRIAR – Parte 2: Como aplicamos a humanização no acompanhamento da saúde 

[vc_row][vc_column][vc_single_image image=”4449″ img_size=”full”][vc_column_text]Introduzindo o nosso último artigo, o RECRIAR é a nova forma de pensar e agir que a miHmo encontrou para atender os seus membros, os miHmados, que fundamentalmente querem:

  •   Melhorar e aumentar a qualidade de vida;
  •   Preparar-se para evitar doenças;
  •   Silenciar e regredir transtornos já existentes.

O RECRIAR sintetiza os seguintes termos: REPOSITÓRIO, CONDIÇÕES DE SAÚDE, RESOLUÇÕES, INDICADORES E ATIVIDADES RELACIONADAS.

 As necessidades do miHmado constituem o repositório, que serve de base para que as condições de saúde sejam pontuadas. Assim, resoluções de ações efetivas podem ser estipuladas. Uma vez traçado o objetivo em relação à saúde, atividades relacionadas guiadas por orientações são sugeridas para direcionar o miHmado nesta jornada de autoconhecimento, autocura e transformação pessoal por meio do seu próprio GOAL, a metodologia de trabalho da miHmo. Todo este processo é mensurado por indicadores de progresso vinculados ao desenvolvimento das resoluções.

A concepção desta metodologia reuniu um exaustivo estudo de taxonomias mundialmente empregadas em cuidados de saúde e contou com a grande experiência na área da saúde dos fundadores da miHmo. É importante reiterar, contudo, que esta sistematização é realizada priorizando a individualidade de cada pessoa. Não classificamos o miHmado de acordo com doenças. Nós delineamos o estado em que ele se encontra dentro do contínuo saúde-doença e promovemos condições para que ele consiga fomentar sua qualidade de vida. Dessa forma, este processo se mostra prático, escalável, transparente e assertivo, trazendo resultados positivos para a saúde dos miHmados que acompanhamos e colocando maior racionalidade no uso dos recursos de saúde. Para o miHmado mais saúde, para o patrocinador menor custo.

De forma didática, podemos dividir a metodologia do RECRIAR em partes para melhor entendimento. O processo se inicia no nosso REPOSITÓRIO de informações de saúde, que reúne os dados de cada indivíduo, coletados de múltiplas fontes, desde o histórico de utilização do plano de saúde até questionários, medicina ocupacional, interações, app, wearables e dispositivos remotos, por exemplo.

Estas informações são agregadas por INDIVÍDUO e geram saídas diretamente conectadas às CONDIÇÕES DE SAÚDE, definidas como as circunstâncias vividas por uma pessoa em relação à sua saúde, sejam elas de ordem biológica, psicoemocional e social. Cada condição de saúde possui seus próprios QUALIFICADORES e DOMÍNIOS (ambiental, psicossocial, fisiológico e integrativo).  

Na sequência, as condições de saúde são relacionadas às RESOLUÇÕES, que definimos como os COMPROMISSOS que cada indivíduo precisa incorporar para realizar progresso na sua jornada de saúde. Os insights sugeridos pelo sistema só se transformam em resoluções após escolha e priorização do próprio miHmado.

As resoluções são diretamente ligadas a INDICADORES, ATIVIDADES RELACIONADAS e CONHECIMENTOS.

Nossos indicadores, que são as métricas de fácil compreensão e padronizadas em escala de Likert, medem o progresso que cada indivíduo faz na sua saúde e compõem o core do processo de monitoração da jornada do miHmado. Com base neles, acompanhamos a sua evolução e intervimos caso haja necessidade de ajustes.

Esta dinâmica se segue com as atividades diretamente endereçadas para a pessoa, ou o cuidador em determinadas circunstâncias, e a seu TIME DE SAÚDE. São iniciativas que visam quebrar a inércia e colocar o indivíduo em movimento dentro da sua jornada. Cada atividade, por sua vez, possui o seu próprio grupo de ORIENTAÇÕES, uma relação pormenorizada de ações e passos necessários para a sua execução.

Todas as orientações propõem diferentes níveis de ações dentro dos quatro pilares do GOAL: Gerenciamento, Orientação, Aconselhamento e Letramento em Saúde.

Em nosso próximo artigo vamos detalhar mais sobre a metodologia GOAL. Até lá. 

 

REFERÊNCIAS:

 North American Nursing Diagnosis Association (NANDA)

Herdman, T.H. & Kamitsuru, S. (Eds.) (2017) “NANDA International Nursing Diagnoses: Definitions and classification, 2018-20”. (11ª ed). NY: Thieme Medical Publishers.

Moohead, S.; Johnson, M.; Swanson, E.; Maas, M.L. (2020) NOC. Classificação dos Resultados de Enfermagem (6ª edição). RJ: Ed. Guanabara Koogan.

Butcher, H.K.; Dochterman, J.M.; Bulecheck, G.M.; Wagner, C.M. (2020) NIC. Classificação das Intervenções de Enfermagem (7ª edição). RJ: Ed. Guanabara Koogan.

Johnson, M.; Moorhead, S.; Bulecheck, G.; Butcher, H.; Maas, M.; Swanson, E. (2013) “Ligações Nanda, Noc-Nic” (3ª edição). RJ: Elsevier.

Buurtzorg Nederland

Nardran, SS. (2015). “Organizational Innovation by Integrating Simplification. Learning from Buurtzorg Nederland”, NY: Springer.

Omaha System

https://www.omahasystem.org/

Donabedian Model

https://www.researchgate.net/publication/286764146_A_Donabedian_Model_of_the_Quality_of_Nursing_Care_From_Nurses’_Perspectives_in_a_Portuguese_Hospital_A_Pilot_Study

Neuman Systems Model

https://www.neumansystemsmodel.org/home-1[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]