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Muito se fala sobre empatia, mas, afinal, o que é esse sentimento? Aprenda como desenvolvê-la e aplicá-la no dia a dia
Segundo a psicologia, empatia é a habilidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo suas perspectivas e desejos, e usar esse conhecimento para orientar nossas ações. Este sentimento é uma sensibilidade emocional que tem o poder de transformar e promover mudanças sociais.
Para entender este conceito, precisamos analisar as nossas reações em algumas situações da vida. Em uma conversa acalorada, como você conduz um diálogo? Você pondera o contexto da discussão apenas pela sua vivência ou observa também a partir de outro ângulo?
Nós humanos temos a tendência de julgar acontecimentos de acordo com a nossa percepção ou experiência de vida. Estes pré-conceitos servem para sermos aceitos e pertencer a um grupo que esteja mais próximo da nossa realidade pessoal.
Esta busca por pertencimento ou medo de desagradar e sofrer alguma perda, são os principais motivos para julgarmos e até mesmo fazermos comparações com os demais. Estas atitudes podem impulsionar ações muitas vezes veladas, como o preconceito, intolerâncias e a busca por uma perfeição inalcançável em algum âmbito. Isto traz grandes danos à saúde mental.
Mas a empatia nos faz ocupar esse outro lugar, a ultrapassar as fronteiras imediatistas do nosso ego para a construção de uma relação de escuta dos outros lados da situação.
O maior benefício que ganhamos sendo empáticos é a qualidade da nossa comunicação. Quando uma pessoa se sente aceita e validada, gera confiança. Este elo que cultiva as relações e impacta positivamente sobre nosso bem-estar emocional.
Qual a diferença entre empatia e simpatia?
Para analisarmos ambos os sentimentos, vamos definir brevemente cada um:
- Simpatia
Indivíduos simpáticos são aqueles que têm um comportamento de solidariedade com o outro. Conseguem ter um bom relacionamento com a maioria das pessoas por serem pessoas solícitas e agradáveis. Quem possui simpatia se conecta superficialmente com outras pessoas, mas não tenta entender o outro, apenas o aceita e lida positivamente em qualquer situação.
- Empatia
De acordo com Roman Krznaric, autor do livro “O poder da empatia”, a empatia é uma consciência constante do fato de que nossos interesses não são os interesses de todo mundo e de que nossas necessidades não são as necessidades de todo mundo, e que algumas concessões devem ser feitas a cada momento”. Ou seja, a pessoa empática se coloca no lugar do outro, entende o seu ponto de vista e apresenta uma solução para um possível problema. Nem sempre sua posição estará de acordo com o outro, mas a respeita.
Portanto, a diferença entre simpatia e empatia é a profundidade das relações. De um lado, um afeto superficial, solidário, do outro, um entendimento profundo e compreensivo.
O que fazer para ter empatia?
Um estudo feito pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, revelou um enorme declínio nos níveis de empatia entre os jovens americanos entre 1980 até os dias atuais. Os pesquisadores afirmam que este fato deve-se em partes ao fato das pessoas morarem sozinhas e passarem menos tempo envolvidas em atividades comunitárias.
Apesar do avanço da tecnologia e o surgimento das redes sociais, onde cada vez mais usuários se conectam, pouca mudança tem sido observada com o intuito de reverter o declínio empático.
O excesso de informações falsas, golpes e até mesmo as alterações de hábitos, como frequentar menos espaços coletivos são algumas das causas desta queda da empatia em todo o mundo.
Felizmente, a empatia é uma característica que pode, sim, ser aprendida e treinada. A neurociência já comprovou que nós, humanos, somos empáticos por natureza, somos feitos para viver em sociedades estruturadas. Desta forma, reunimos algumas práticas que você pode adotar para se tornar uma pessoa mais empática. São elas:
- Tenha autoconhecimento
Para entender o que passa nos sentimentos dos outros precisamos nos conhecer. O autoconhecimento é o principal processo que nos ajuda a entender como agimos em determinadas situações e a lidar melhor com nossas atitudes. Portanto crie habilidades para distinguir o que é seu e o que é do outro. Seja sensível à realidade dos demais, porém, não se deixe dominar pela emoção. Apenas uma relação equilibrada, sem sofrimento para nenhum dos envolvidos será positiva.
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Aprenda que ser empático não é o mesmo que concordar com o outro
Ser empático não é se transformar no outro, mas sim respeitá-lo. A empatia não requer mudanças de opiniões individuais, mas de entender o ponto de vista do próximo sem confrontá-lo. É possível assimilar uma lógica distinta da sua sem assumi-la como nova verdade em sua vida. Saiba que cada pessoa é única.
- Escute mais
Saber ouvir evita julgamentos precipitados e dá abertura para conhecer a realidade do outro e como ele se comunica. Preste atenção como a outra pessoa está falando, perceba o tom de voz, a linguagem corporal e demais mensagens que ela esteja compartilhando. Apenas desta maneira conseguimos compreender e expandir nossa própria opinião.
- Cultive a curiosidade
Ser curioso nos faz desvendar assuntos diferentes daqueles que acreditamos dominar. Quando nos interessamos pela narrativa do outro, abrimos o olhar e a possibilidade de novos aprendizados. Não seja intrometido ou invasivo, vá com calma, mostre interesse, compartilhe análises e conhecimentos. Esta atitude fará bem para todos os lados.
Leitura sobre o tema:
- O poder da empatia – Roman Krznaric
Nesta obra, o filósofo e historiador de cultura, Roman Krznaric, aborda que a empatia tem o poder de mudar o mundo. Com base em mais de doze anos de pesquisas e histórias de grandes nomes, como Gandhi, Mandela e Che Guevara, o livro nos leva a uma jornada para nos mostrar por que devemos desenvolver este sentimento, cuja as habilidades lhes permitem conectar-se com outras pessoas. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]