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Publicado em 23 de outubro
Healthtechs no Brasil: inovação, crescimento e impacto na saúde digital
O Brasil hoje é um grande celeiro para o desenvolvimento de healthtechs. O motivo é uma combinação de diversos fatores que fizeram do Brasil um polo de oportunidades para inovações, especificamente as voltadas à saúde.
O primeiro fator é a alta taxa de digitalização do país, com uma das maiores penetrações de dispositivos móveis no mundo (conforme a Pesquisa Anual do FGVcia, em 2024 são 480 milhões de dispositivos digitais, uma taxa de 2,2 dispositivos digitais por habitante) somadas à aceleração de processos regulatórios impulsionados pelas necessidades da pandemia, o ecossistema brasileiro tem hoje um cenário altamente aberto a receber inovações.
Em 2022, o país foi inclusive reconhecido pelo Banco Mundial como o segundo do mundo com a mais alta maturidade em governo digital, atrás somente da Coreia do Sul, segundo a avaliação do GovTech Maturity Index 2022.
Isso fica claro, por exemplo, quando vemos o avanço das soluções de pagamento digitais, presentes praticamente em todas as esferas da sociedade. Apesar de não ser o único país que tem um sistema de pagamentos digitais, o nosso PIX se destacou pela grande adesão da população e foi incluído eleito como o melhor sistema de pagamentos do mundo
Mas voltando ao segmento da saúde, outro fator que colabora para o ecossistema de healthtechs também teve a pandemia como catalisador. A preocupação crescente com a saúde foi reforçada pela situação da Covid-19 no país, e culminou na grande demanda por soluções de saúde mais acessíveis e eficientes. Em 2021, no auge da criticidade, o Brasil atingiu um recorde de investimentos de US$ 44 bilhões em inovação em saúde, o dobro dos valores de 2020.
Em contraste, o Brasil é conhecido por sua desigualdade social, e na área da saúde isso não diferente. Uma pesquisa do Instituto DataSenado, divulgada em dezembro de 2022, apontou que a saúde é a principal preocupação dos brasileiros (26%). Outra pesquisa, do Grupo Allianz Partners, realizada com 25mil respondentes, apontou que para 80% dos entrevistados a saúde é o aspecto mais importante da vida.
No entanto, com uma população cada vez mais inserida digitalmente e com importantes questões regulatórias sendo discutidas e avançadas em âmbito nacional, o Brasil identificou na tecnologia uma grande oportunidade para enfrentar seus desafios de desigualdade no acesso à saúde. De acordo com um levantamento da Liga Ventures, o país já conta com mais de 500 healthtechs ativas, e 11% delas foram fundadas entre 2020 e 2023, e esse número segue crescendo.
Com tecnologias como telemedicina, inteligência de dados e big data, essas startups têm desempenhado um papel crucial na democratização dos serviços de saúde, trazendo soluções mais acessíveis e eficientes para a população.
Um histórico das healthtechs
Entre 2010 e 2015 surgiram as primeiras startups voltadas para melhorar o acesso e a eficiência dos serviços de saúde. Segundo o Inside Healthtech Report da Distrito, as primeiras healthtechs focavam em soluções administrativas e de gestão hospitalar, com serviços como prontuários eletrônicos, plataformas de agendamento online e marketplaces de saúde.
De 2016 a 2019, o mercado de healthtechs começou a ganhar maior relevância, com investimentos crescentes e o surgimento de tecnologias como big data e inteligência artificial no setor de saúde. De acordo com um estudo da CB Insights, em 2019 o mercado global de healthtechs movimentou US$ 14 bilhões, refletindo o aumento do interesse dos investidores. Além disso, o conceito de telemedicina começou a ganhar força, embora ainda houvesse desafios regulatórios.
Em 2020 o mundo foi assolado pela pandemia, e as restrições de mobilidade favoreceram a adoção e expansão da telemedicina, que já vinha ganhando espaço. Foi em 2020 que o Brasil regulamentou o uso emergencial das consultas online, abrindo caminho para o crescimento rápido do setor. O investimento em startups de saúde no Brasil atingiu US$ 22 bilhões em 2020, segundo dados da Distrito Healthtech Report.
O cenário das healthtechs hoje
Um fator fundamental para o sucesso dessas startups é sua habilidade de se adaptar às particularidades do sistema de saúde local. Enquanto algumas se dedicam a fornecer acesso a consultas médicas em áreas remotas, outras focam em aprimorar a gestão de hospitais e clínicas nas regiões urbanas.
Esse enfoque personalizado não apenas responde às diversas necessidades dos pacientes brasileiros, mas também impulsiona o potencial de crescimento dessas empresas tanto no mercado interno quanto no exterior.
Com empresas emergentes explorando uma ampla gama de tecnologias e modelos de negócios para atender às demandas do setor de saúde, as healthtechs no Brasil estão cada vez mais preparadas para enfrentar novos desafios e oportunidades.
Tecnologias como telemedicina, inteligência artificial e análise de dados estão entre as mais aplicadas no setor, com 23% das startups focadas em telemedicina e 22% em data analytics. Outras áreas exploradas incluem bem-estar, planos de saúde, inteligência de dados e telemedicina.
A crescente integração da tecnologia nos sistemas de saúde público e privado, impulsionada por políticas de digitalização e pela demanda por maior eficiência e transparência, também é uma tendência promissora. Com o aumento da digitalização no sistema de saúde e a busca por eficiência, essas startups estão posicionadas para desempenhar um papel cada vez mais importante, tanto no Brasil quanto em mercados internacionais.
Vale destacar que as healthtechs não são soluções independentes, pelo contrário, ela veem como agregadoras de soluções que podem, e devem, ser incorporadas por sistemas de saúde. As parcerias estratégicas entre startups, empresas de tecnologia e instituições têm sido fundamentais para a expansão dessas iniciativas.
Com 49% das startups focadas no mercado B2B, o cenário aponta para uma contínua inovação e fortalecimento de parcerias estratégicas com instituições de saúde, empresas de tecnologia e investidores, garantindo o crescimento sustentável e o alcance ampliado dessas soluções. O ambiente regulatório também terá um papel decisivo, já que políticas adaptadas ao avanço tecnológico permitirão que essas startups operem em um ecossistema mais favorável à inovação.
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